'olha-me por entre a minha janela

domingo, 28 de outubro de 2007
F I M
Infinito fim. Resta lembrança. O fim de um começo. O puro fim. O doloroso fim. O mais cruel de todos. Guardo agora tudo o que restou de um 'nós' que nunca chegou a existir. Guardo bem guardadinho. Afinal foi a única coisa que eu tive tua. Foram palavras. Palavras para ti soltas. Palavras que para mim faziam todo o sentido. Para ti meras palavras, para mim palavras que aquecem, que confortam, que fazem cócegas num coração que se sente deprotegido. Um coração que anseia amar. Um coração que volta à estaca zero. Não sei se ria ou se chore. Já chorei e já ri. Chorei por causa deste fim que mata. Ri de felicidade porque percebi a tempo que não eras de todo, aquilo que mostravas ser. Aí sorri. Guardo os sonhos. Guardo desejos. Guardo as tuas rimas feitas de papel. Guardo olhares que pareciam tão perto. Levo a espada e a armadura de ferro. Levo-te a ti. Levo, mas guardo bem guardado. Peço para não voltares a fazer mais nada, a a tentar mais nada. Fica quieto, por favor. Não me magoes mais. Deixa-me falar ao mar sobre aquilo que vi, aquilo que vivi e senti. Levo-te comigo só para isso. Doeu muito. Ainda dói. A ferida vai sarar. Tem mesmo de sarar. Não somos propriamente as pessoas certas para termos acreditado que isto seria possivel. Claro, que não podia ser possivel. Porque eu de alguma forma sou tua, e tu de alguma forma és meu. E ficamo-nos por isso. Aquilo que ambos sabemos bem. Nunca iria resultar. Depois, eu não sou prórpiamente a rapariga que se deixa levar. Gosto de ser conquistada, bem conquistada. Gosto que me imprressionem. Gosto de olhares. Gosto do tempo. Gosto muito do tempo. Devagarinho, devagrinho. Passinho a passinho. Gosto de ir mostrando, aos poucos e poucos aquilo que sou. Não gosto de mostrar tudo de uma vez. Depois, perco ' a minha piada'. E tu, como quiseste tudo de uma vez só. Tu, como quiseste ser rápido demais. Tu, como quiseste ter tudo, no momento em que só te podia dar um pouco mais do nada... Cansaste-te! Estás no teu direito. Não te critico por isso. Critico , SIM, o facto de teres 'brincado comigo'. Posso entender perfeitamente que não quisesses nada sério. Mas, não tens o direito de ir gozando e te divertindo à custa de mim, e de outras pessoas. Comprendo tudo, menos isso. Isso um dia ... perguntar-te-ei olhos nos olhos. Um dia quando a minha coragem tiver a força do mundo. Um dia.. Não me mereces. Não fomos feitos um para o outro. Ainda não hoje... O amanhã trár-me-à o verdadeiro. Aquele que vai saber conquistar-me. Aquele que não precisa de estar constantemente a elogiar. Aquele que vai saber ouvir, escutar e sentir. Saber amar...
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