Estás no outro canto do mundo. Tenho saudades tuas. Tantas que tu imaginas, tão bem quanto eu. Sentimos. Custa , não custa? Despeço-me de ti, com lágrimas no rosto. Sempre fui muito choróna, tu sabes bem. Chorar alivia, lava a alma. O choro de menina perdida que sou. É um tristeza, quando sei que tenho de ir. Uma alegria assim que chego. Um misto. Gostava que as coisas fossem diferentes, ou não. Gosto que estejas aí onde estás, mas gostava de te ter por perto também. A vida é (in)justa, não é? Custa-me tanto quando nos zangamos, quando nos magoamos e não aproveitamos o pouco tempo que temos. Sinto-me mal. Sinto-me pior, quando a minha dificuldade de expressar os meus sentimentos ultrapasse tudo e todos. Pior. Sinto-me chão. Adoro-te. Amo-te. Se morreres, morro também. E não to consigo dizer. Tenho vergonha, sei lá. Sabes, só disse isto a uma pessoa na verdade. Única. Nunca te contei, mais uma vez, tive medo e vergonha. Afinal, tu conhecias tão bem. Era o João. A única pessoa no mundo que até hoje me fez sentir dona e senhora de um mundo inteiro. Sorrio quando falo sobre isto. Já chorei tanto. ‘Amo-te João’, disse um dia. E foi a única pessoa que conseguiu elevar o meu coração. Que me tirou os pés do chão e me fez acreditar que era possível amar. Foi com ele que descobri o verdadeiro significado do amor. Doeu muito a separação. A culpa não foi nossa. Foi a vida mais uma vez, injusta, PORRA! (as lágrimas começaram a cair, novamente). Lembro-me tão bem do dia. Chovia tanto. O céu cinzento. Despedimo-nos de manhã, com um beijo. Sentia-me péssima. Queria, apenas, que não houvesse amanhã. Ele disse-me o quão eu era importante para ele. Eu saí. Fui almoçar. Mas, o destino ainda não estava satisfeito. Então, decidiu que eu teria de voltar à casa da minha tia, por sinal a dele também, para ir entregar já não sei bem o quê. E, foi a última vez. Corri para os teus braços. Não falámos. Ficámos quietinhos. Ele deu-me a mão e abraçou-me com a maior força. Era ve´rão, mas eu tinha frio. As lágrimas caíam. Que saudades que eu ia ter. Porque tinhamos, nós, de ficar longe um do outro? Choro, hoje, não de amor, nem de tristeza. Choro de alegria, afinal ele foi tão importante para mim. Foi ele. Foi aquele. Gostava que pudesses acompanhar mais as minhas histórias de vida. Os meus amores. De verdade foi só por ele. Passou um ano. Um ano. E, até então , têm sido constantes desilusões. A vida continua a teimar. Não sei, se calhar não mereço. A mãe sempre me disse que o verdadeiro não iria ser de grandes elogios. Não e com lindas palavras que ele te vai conquistar, filha, é com gestos. Aí sim, poderás dizer que é ELE.
Queria gritar que gosto muito de ti, até os leões, os macacos, e os crocodilos de Moçambique, ouvirem, o quanto eu gosto de ti. Estarás sempre perto de mim. Longe mas perto. Aqueces-me o coração, com o quente desse país. Quero que sejas feliz. Muito. Mesmo.
Queria gritar que gosto muito de ti, até os leões, os macacos, e os crocodilos de Moçambique, ouvirem, o quanto eu gosto de ti. Estarás sempre perto de mim. Longe mas perto. Aqueces-me o coração, com o quente desse país. Quero que sejas feliz. Muito. Mesmo.
Feliz Natal , querido papá.

2 comentários:
Eu tambe´m tenho Mana ... Muitas :')
lindo lindo =') vou usar uma frse parva mas q tem sentido ''n chores porque acabou, sorri porque aconteceu''.eu tenho o msm problema q tu. anseio pelo amh. e qd perco alguma coisa o meu mundo vem abaixo
''what goes around, always comes around!'' =)
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