meia laranja

Dei por mim a pensar que ainda não tinha parado para pensar na minha decisão final, relativamente ao meu futuro nos escuteiros. Há alguns meses atrás não tinha dúvidas nenhumas do que queria fazer. Queria chegar ao pé da Nena e dizer-lhe o quanto os escuteiros são importantes na minha vida, que não os imagino fora dela, mas que há alguns meses atrás comecei a pensar se não teria chegado a hora de eu dar mais de mim lá fora, no serviço às secções. Fui fazendo algumas actividades com os lobitos, fui trabalhando com eles durante alguns sábados. Sei também que não sei muito, posso até não ter muita experiência, mas não sei se dá para entender é qualquer coisa aqui dentro que me diz que posso dar mais. Mas tenho medo. Não vou negar. Até porque tenho a sensação de que me vão cortar as asas ou então se não mas cortarem vão tentar testar-me, ou então lá nos meus intimos sonhos deixam-me voar e dão-me asas ... Se me dessem asas ... ai o que eu não faria com asas ... com essas asas ... uma coisa eu poderia prometer. Desiludir eu não o iria fazer. Era mesmo o que eu queria fazer. Já perguntei se não é cedo demais! Claro que me pergunto a mim mesma todos os dias. Mas, a realidade é que eu sinto aqui dentro que chegou a altura. E não tem só a ver com o que aconteceu este ano. Também tem a ver, mas esta ideia surgiu muito antes disso. Deu-me mais força talvez, deu-me mais asas ... É um sentir aqui dentro, um sentir que onde eu quero estar é ao pé deles , dos Lobitos. O melhor deste ano que passou? O pouco mas importante tempo que eu passei em serviço na IªSecção. Só sei explicar que lá eu me senti útil, a ajudar, a aprender e a ensinar alguma coisa ... mas a aprender sobretudo.